Albano Gonçalves foi o protagonista do programa número 11. Marco e Elena plantexáronlle diversas cuestións, e así descubrimos que se trata dun músico invidente nacido en Portugal, ao igual que Marco. Albano estudou en Lisboa e alí comezou a formarse no ámbito musical, aprendendo a tocar o órgano e o acordeón no colexio e de oído, superando as dificultades. Máis posteriormente iniciouse no canto.
Con Albano Gonçalves soubemos o que era un “rancho”, termo portugués: trátase dunha agrupación centrada na música tradicional folclórica, composto entre trinta e sesenta persoas, e explicou os diferentes papeis que os artistas fan dentro destas agrupacións: danza, instrumentos de corda, canto… Albano cóntanos tamén que el mesmo forma parte de dous “ranchos” distintos, e menciona finalmente os encontros musicais que se fan a nivel europeo neste ámbito.
Ouvi uma vez -e voltei a ouvir- a entrevista ao Sr. Albano Gonçalves. Fiquei admirado. Imaginei o menino Albano com seis anos a viajar de Cerva para Lisboa. Imaginei-o nos primeiros dias de aulas. Gostaria de saber se lá morou numa residência ou se esteve com uma família. Noutra ocasião teremos oportunidade de lhe perguntar e de saber também quando voltou para Trás-Os-Montes, quando tempo esteve no norte (antes de retornar depois para Lisboa) e como é agora a sua rotina laboral.
O programa tem grande interesse educativo, nomeadamente para explicar questões de sociolinguística a alunado da Galiza e de Portugal. Se não o tinham feito, reparem na constante presença da cultura do centro da península como filtro interposto entre os dous polos da nossa. Reparem no momento das despedidas como o Sr. Albano faz um esforço desnecessário… que fazem tantos portugueses.
Como será resolvido isso? Bem fácil: com mais programas como este.
Parabéns!